SARGENTO GERALDO
MARGELA CHAVES DE LIMA, natural de Francisco Dantas-RN, nascido a 15 de
novembro de 1962, filho de Fernando da Silveira Chaves e de Francisca Chaves de
Lima. Desde de criança assumiu a responsabilidade pela manutenção da casa de
sua mãe, pois seu pai teve que ausentar-se, por um longo período, e Geraldo
Margela era o único filho homem do casal. Ainda muito jovem precisou abandonar
sua terra natal, em busca de melhores oportunidades. Na capital, logo veio a se
interessar pela vida militar, tendo servido às Forças Armadas, no 3º Corpo de
Fuzileiros Navais. Em 1983, ingressou na gloriosa e amada Polícia Militar do
Estado do Rio Grande do Norte, na condição de soldado PM, onde mais tarde foi
promovido a graduação de Cabo PM. Nessa graduação assumiu a função de
comandante de destacamento de algumas cidades, dentre elas a sua querida e
amada Francisco Dantas. No mês de dezembro de 1999 foi promovido a graduação de
3º sargento PM. Sempre trabalhando com dignidade e muito respeito para com os
outros; apesar da função espinhosa que exercia, conquistou a administração dos
companheiros de farda e da população. Por onde passou construiu muitas
amizades, o que o crendenciou para o mundo da política, onde ingressou no ano
de 1996, atendendo a um pedido do ex-prefeito Antonio Carlos Dantas de Medeiros
(Cajazeiras-PB, 19/02/1944), que necessitava de um candidato a vice-prefeito,
que tivesse peso eleitoral, já que o então candidato a vice na sua chapa havia
desistido de disputar o pleito (Antonio Lopes do Rêgo). Geraldo Margela era o
tipo ideal para preencher a vaga, pois era de família grande e tradicional,
apesar de nunca ter ocupado nenhum cargo eletivo, o que o isentava de qualquer
desgaste político. Muito mais que coadjuvante, a sua entrada na chapa de
oposição deu mais credibilidade a esta, e permitiu a Carlito ter acesso a
muitos que dificilmente votariam nele. Na campanha de 1996, como já vimos
atrás, Carlito Meireles perdeu, mas para Geraldo Margela, foi uma escola de
vida. Apaixonou-se pela política, conheceu novos amigos e passou a militar nos
quadros da oposição no município de Francisco Dantas. Após a eleição de 6 de
outubro de 1996, o candidato a prefeito derrotado se retirou para a capital do
estado e o ex-candidato a vice-prefeito, o Cabo PM Geraldo Margela, ficou no
campo, segurando o povo, levando pessoas para fazer consultas, preenchendo o
vazio deixado pela nova administração, que deixava muito a desejar em todos os
aspectos. Margela deu uma expressiva votação a seu candidato a deputado
estadual, Raimundo Nonato Fernandes Pessoa, o “Raimundo Bigodão” (São Miguel,
11/07/1942, filho de Hesíquio Fernandes de Sá, natural de São Miguel, nascido
em 12 de fevereiro de 1928, filho de Antônio Felipe Fernandes e de Maria
Leodona Fernandes), no pleito de 3 de outubro de 1998 e, como gratificação pelo
seu bom desempenho, recebeu de Raimundo Bigodão um veículo do tipo ambulância,
para atender à comunidade, já que as duas existentes na Prefeitura só
realizavam atendimentos a uns poucos afortunados. No ano de 1999, com a
condenação do então prefeito Epifânio Silvino Monte (Tenente Ananias,
21/04/1954), no TSE por Corrupção Eleitoral, Margela, com a ajuda de seu
cunhado Joaquim Neres iniciou uma peregrinação em busca do cumprimento da lei,
e que o prefeito condenado fosse afastado do cargo. Esta atitude de Margela
conquistou a simpatia do vice-prefeito Alano JACIGUARA DANTAS DE ALENCAR
MARTINS (Mossoró-RN, 26 de dezembro de 1969, autor do livro HISTÓRIA DO
MUNICÍPIO DE FRANCISCO DANTAS – Aspectos históricos, geográficos e sociais -
impreeso pela Gráfica Sul - 2001, que já havia rompido com o prefeito desde
antes da própria posse, em virtude da quebra de compromisso feita por Epifânio,
logo ao se eleger. Esta aproximação entre Margela e Jaciguara foi facilitada
pelo fato de o vereador Kassandro Galeno Dantas de Alencar Martins, irmão do
vice-prefeito, desde a campanha de 1998, já ter trabalhado em conjunto com
Margella, sendo o único vereador eleito em 1996, que fez oposição sistemática
ao governo municipal durante os quatro anos deste. A aliança entre as forças de
oposição ao governo municipal foi coroada de êxito, desde seu início, pois no
ano de 2000, o Tribunal Regional Eleitoral, atendendo a pedidos, decretou uma
revisão eleitoral no município de Francisco Dantas, o que foi fundamental para
derrotar a chapa governista, uma vez já que foram excluídos mais de 600
eleitores, quase todos, gente de outros municípios, que nada tinham a ver com
os de Francisco Dantas, mas que decidiam o futuro do povo de Tesoura.
A eleição que se
seguiu à revisão, foi uma queda de braço entre o Poder do dinheiro e a vontade
de mudança da população. Enquanto o prefeito, nas suas movimentações, esbanjava
dinheiro, amparado por uma superestrutura, às movimentações da oposição eram
caracterizadas por um espírito de companheirismo, dificilmente visto em
campanhas políticas, pois quase tudo era doação da própria comunidade, que
efetivamente carregou os candidatos nas costas. Durante quase toda a campanha,
o prefeito municipal fez campanha com os direitos políticos suspensos, se
dizendo candidato, mantendo uma farsa, à custa de medidas judiciais, em
diversas instâncias do poder judiciário, sustentado por um verdadeiro batalhão
de advogados. A situação foi efetivamente definida à trinta dias da eleição,
quando saiu uma definição da morosa Justiça. O prefeito condenado por
corrupção, finalmente reconheceu a derrota jurídica, divulgando candidato
Gilson Dias, o qual vinha sendo preparado, há vários anos, para ser o sucessor
do então prefeito. Gilson Dias, homem de confiança do prefeito Epifânio, deste
fazendo-se, às vezes, de secretário particular e amigo pessoal o qual rezava na
mesma cartilha, tinha como vantagem em relação a outrem o fato de não ter
ocupado nenhum cargo eletivo e, em virtude disto, não está desgastado junto à
população, além de ter numerosa família no município. Isto tudo somando a uma
máquina azeitada pelo dinheiro público veio a tornar a disputa acirrada. Foram
usados todos os métodos sórdidos de fazer política, para que o candidato da
situação não fosse derrotado, desde reformas de casa até um verdadeiro trem da
alegria de empregos foi efetivado, quando foram preenchidos dezenas de cargos
de confiança, e criadas as formas de gratificações em busca do voto. O dinheiro
correu fartamente, mas o bom senso da população prevaleceu, de maneira que
Geraldo Margela e Jaciguara Dantas foram eleitos prefeito e vice-prefeito
respectivamente no dia 1º de outubro de 2000, por uma pequena, mas decisiva
maioria, de 33 votos, Aqueles que acreditaram no prefeito e embarcaram no trem
da alegria dos empregos, ficaram na mão na primeira parada, foram todos
sumariamente exonerados no mesmo dia 1º de outubro.
A primeira
administração do Cabo Geraldo Margela teve início no dia 1º de janeiro de 2001
e terminou em 31 de dezembro de 2004. Em 3 de outubro de 2004, Geraldo Margela
foi reeleito, dessa vez com um novo companheiro de chapa, na pessoa de
FRANCISCO HIPOLITO PEREIRA. Sua segunda administração iniciou-se em 1º de
janeiro de 2005 e terminará em 31 de dezembro de 2008.